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INTRODUÇÃO

Não se sabe se foi um erro que ocorreu no momento da criação dos mundos ou uma falha natural. Não se sabe o porquê ou a finalidade. Não se tem uma explicação plausível para o fato. Mas uma coisa é inegável: quando os seis mundos foram criados por Naumathar, nove falhas em formato circular apareceram espalhadas na superfície. As falhas ou “Buracos Negros”, apareciam em grandes círculos pretos, sem início ou fim, apenas um vazio. Alguns apareciam na posição vertical junto a paredes, enquanto, algumas vezes, na posição horizontal, diretamente no chão. Depois de ter passado muito tempo desde a criação dos mundos, Naumathar, juntamente com Thuror, percebeu que tais falhas não se tratavam de buracos, mas sim, de passagens para “outros lugares ou mundos desconhecidos”. Eram nove as passagens e estas receberam o nome de “Os Nove Portais Negros”, que em Idhílion, a Língua dos Deuses, que posteriormente, e de forma equivocada em Ernt-nador, passou a ser chamada de Língua dos Magos ou dos Sábios, significava Laienürimim. E de todos os nove, havia um que se destacava em tamanho e perigo. Além de ser o maior de todos os Portais Negros, também abrigava as piores criaturas e bestas. Esse passou a ser chamado de Entharin, o Grande Portal Negro. Os Portais Negros estavam espalhados pelos mudos a exceção de dois deles. Um fato que era estranho e curioso ao mesmo tempo era que os mundos de Anahkólion e Dnathirium não guardavam nenhum dos Laienürimim. Assim, os Laienürimim estavam localizados em apenas quatro mundos: Anathurilis, Ernathurilis, Ernthys e Ernt-nador. Muito embora não se soubesse ao certo, é claro, por falta de exploração, cada um dos nove Laienürimim conduzia para um lugar específico, desconhecido pelos deuses. E assim ficou até que, numa noite tão negra como as trevas, se descobriu o que um dos Portais Negros guardava em seu interior. A partir desse momento, surgiu a necessidade de se monitorar os Laienürimim, mas infelizmente era tarde demais para iniciar aquela ação. Sem que Naumathar e Thuror soubessem, um reino tão escuro quanto impenetrável estava sendo erguido a Noroeste de Anathurilis. E, para lá, Omnathar levou algumas criaturas retiradas dos nove Portais Negros. Em segredo, nascia o reino da Escuridão. Depois de muito debatido no Alto Conselho dos Deuses, foi deliberado que a incumbência de guardar e proteger as passagens ficaria a cargo da deusa Maráhadar, que posteriormente recebeu o nome de Guardiã dos Portais Negros. Entretanto, antes disso acontecer e para que as passagens não ficassem desguarnecidas, Naumathar criou com seu poder nove semideuses poderosos: os Guardiães dos Portais Negros. Os Koluns-kand, como foram batizados, deveriam proteger os Laienürimim até o dia em que a deusa Maráhadar conseguisse fechar definitivamente os Portais Negros. Durante esse período, do qual é impossível precisar quando ocorreu ou quanto tempo durou, nada poderia entrar ou sair de dentro dos Portais Negros. E essa tarefa era de incumbência dos Koluns-kand. Algumas batalhas foram travadas pelos Koluns-kand contra seres e criaturas que tentaram deixar os Portais Negros. Na grande maioria das vezes, nenhum perigo deixou os Laienürimim. Mas para toda a regra sempre existe uma exceção. E um dos Laienürimim acabou sendo violado. E foi a primeira traição silenciosa dos Koluns-kand sofrida pelos deuses de Anahkólion. Entretanto, não foi a única. E isso aconteceu por um motivo intrínseco a todo o ser vivo: o ciúme. Infelizmente, os Koluns-kand foram criados por uma razão e, por esse motivo, quando os Laienürimim foram fechados, eles foram trancados em seu interior para que jamais algo tentasse sair de seus domínios. Isso aconteceria caso os Portais Negros voltassem a ser abertos. Para que fossem diferenciados – até porque um portal não era igual ao outro –, cada um dos Portais Negros, os Laienürimim, recebeu um nome de acordo com seu tamanho, relevância e conforme o perigo que guardava em seu interior. A questão relacionada ao perigo que guardava ficou a cargo das observações dos Koluns-kand. E, mesmo que pudesse ser inacreditável, um deles mentiu. Os Laienürimim tinham uma peculiaridade que foi descoberta muito tempo depois por Maráhathas, filha de Maráhadar. Após fechados os Laienürimim um livro foi escrito pela deusa Maráhadar. No livro, que recebeu o nome de Livro dos Laienürimim, explicava detalhadamente o que era necessário e a forma como cada um dos Portais Negros poderia ser aberto. O que não explicava em nenhum lugar do livro que, após fechados, os Laienürimim poderiam ser abertos em qualquer lugar. E foi o que aconteceu e marcou o início da Segunda Era de Ernt-nador, mais precisamente no Tempo das Sombras. Isso ocorreu quando Marhum, o Mago Negro, Mestre da Ordem dos Magos Negros, abriu os Portais Negros e trouxe um caos para aquele mundo. Fato que deixou Maráhathas consternada e surpresa ao ver que oito Portais Negros que deveriam estar localizados em Ernthys e Ernathurilis foram abertos em Ernt-nador e um mal indescritível foi libertado.

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ENTHARIN, PRIMEIRO PORTAL NEGRO

PORTAIS NEGROS

OS NOVE LAIENÜRIMIM

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PORTÕES MÁGICOS

OS LAIËNTHARIN

INTRODUÇÃO

Os Laiëntharin são os Portões Mágicos criados por Naumathar, a pedido dos deuses, no período chamado Antes da Primeira Era de Anahkólion. Os Portões Mágicos foram distribuídos aleatoriamente por cada um dos deuses de Anahkólion pelos seis mundos. No princípio, o objetivo dos Laiëntharin era o de ajudar os Gontthers e seus Arlierocs a monitorar a evolução em cada um deles, bem como transportar os deuses para todos os lugares de forma rápida. A função de cada Portão Mágico era a de transportar, de forma imediata e instantânea, uma ou mais indivíduos, de um Laiëntharin para outro, não importando a distância ou a localização do Laiëntharin de destino. Ou seja, conduz a outro determinado Portão Mágico, desde que quem o tenha acionado saiba dar o destino desejado do outro Laiëntharin. Para tanto, é necessário que se tenha conhecimento do Idhílion, a Língua dos Deuses, e se saiba o nome do Laiëntharin de destino. Entretanto, os Laiëntharin possuíam algumas peculiaridades. A primeira delas era que havia uma determinada capacidade de transporte. O mais comum era transportar entre três e oito indivíduos de uma comitiva, mas quando ocorria transporte entre dez e quinze viajantes por abertura, o Laiëntharin ficava incapacitado por algumas horas. Isso se devia a força empreendida no transporte. Assim, era impossível transportar um exército ou um grande destacamento. É claro que, quando o Laiëntharin transportava poucas pessoas, seu funcionamento não era interrompido. Outro fator importante é que cada Laiëntharin possui dez símbolos ao longo de sua borda, que pode ser circular, retangular ou quadrada. Os “Signos” ou “Destinos”, como são chamados, representam outros Laiëntharin previamente fixados em algum outro lugar, podendo ser no mesmo ou em outro mundo. Assim, ao acionar determinado “Signo”, para lá que será o viajante transportado. Alguns poucos Laiëntharin, não se sabe determinar ao certo, possuem um segredo: o décimo primeiro “Signo”. Mas poucos são os deuses que conhecem tal fato. Este “Signo”, quando acionado, leva o seu viajante para um lugar desconhecido pelos demais. Esses Laiëntharin normalmente são conhecidos exclusivamente pelo deus que o colocou naquele lugar e dificilmente outro vai conseguir fazer aquela travessia. A não ser que descubra onde está localizado o Laiëntharin e saiba ler o seu “Signo”. Nos seis mundos, desde Anahkólion até Ernt-nador, existem dezenas de Laiëntharin. Por exemplo, no alto de cada uma das dez Torres dos Magos, concentradas em sua maioria em Ernt-nador, o Mundo Conhecido, possui um Laiëntharin que transporta os integrantes da Suprema Ordem de Yondar para outra torre destino. E cada um destes Laiëntharin possui um décimo primeiro destino oculto em seu centro. Mas essa é uma informação que apenas o Mestre dos Magos ou seu sucessor detém. Os Laiëntharin foram espalhados pelos mundos muito antes da criação dos homens e antes mesmo dos mundos serem colonizados. Com o passar de centenas de Ciclos, alguns Laiëntharin foram cobertos pela vegetação enquanto outros foram ocultos pelos homens a pedido dos Gontthers para que não fossem mais utilizados. Quando ocorreu o Tempo das Trevas na Terceira Era de Anahkólion, alguns os Guardiães dos Portões Mágicos foram mortos juntamente com suas criaturas. Por decisão do Alto Conselho dos Deuses, os Gontthers que sobreviveram aos ataques foram resgatados de volta ao Monte Naumathar. A grande maioria dos Laiëntharin foram abandonados e ficaram fechados. Até que os Laiëntharin voltassem a ser necessários.

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PORTÃO MÁGICO UTILIZADO PELOS GUARDIÃES

LAIËNTHARIN DAS TORRES DOS MAGOS

Os Laiëntharin era o meio mais rápido, para não se dizer instantâneo, de se viajar para qualquer lugar dos mundos de Anahkólion a Ernt-nador. Assim, quando as Primeiras Linhagens dos Homens foram criadas cada uma delas recebeu um dos Portões Mágicos em um salão no interior de seus castelos, em pátios privados ou em algum lugar dos domínios da linhagem. Não havia diferença dos Laiëntharin internos para os externos, uma vez que todos tinham a mesma funcionalidade. Entretanto, era mais comum que a maioria dos que se localizavam dentro de ambientes fechados se apresentassem horizontalmente em formato de círculo, como era nas Dez Torres dos Magos. Mas essa regra não era absoluta, uma vez que também poderiam se apresentar em forma de “portas”. Já os Portões Mágicos que se localizavam do lado de fora desses ambientes, ou seja, em qualquer lugar aberto, tinham predominantemente o formato de grandes anéis. A exceção eram as “portas” que apareciam gravadas em exteriores ou interiores de montanhas.

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LAIËNTHARIN DAS DEZ TORRES DOS MAGOS

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ÜRLONTHARIN

Como o objetivo dos Laiëntharin era o de percorrer grandes distâncias, sem se perder tempo, ficou decidido pelo Alto Conselho dos Deuses que próximo a cada Portal Negro seria colocado um Portão Mágico. É claro, isso antes de os Portais Negros terem sido fechados e posteriormente abertos em outros lugares. Mas para que se compreenda melhor, faz-se necessário lembrar que os Gontthers e seus Arlierocs foram os primeiros a fazer a guarda dos Laienürimim. É claro que isso aconteceu muito antes da criação dos Koluns-kand. Por isso, necessitavam se locomover muito rápido, afinal havia uma grande preocupação com a emergente situação dos Laienürimim. E estes teriam a mesma nomenclatura numérica. Podemos exemplificar citando inicialmente que o Terceiro Portal Negro, chamado Morhilorum, está próximo ao Ürlontharin, o Terceiro Portão Mágico. Isso facilitava o trabalho dos Gontthers. Sem os Laiëntharin, tal monitoramento seria impossível de ser realizado.

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LAIËNTHARIN ÜRLONTHARIN

ÄNATHARIN

Não há como saber ao certo quantos Laiëntharin existem espalhados pelos mundos de Anahkólion, Anathurilis, Ernathurilis, Ernthys, Dnathirium e Ernt-nador. Entretanto, existem muitos Laiëntharin secretos, conhecidos apenas pelo deus que o colocou em determinado lugar em um mundo específico. Um deles é o Änatharin. Colocado por Thuror estrategicamente numa pequena clareira no interior de uma floresta no alto de uma das mais altas Montanhas Escuras do Reino da Escuridão, em Anathurilis, o Anathärin tinha a finalidade de monitorar o que ocorria no reino coberto pelas trevas.

PORTÃO MÁGICO UTILIZADO PELOS GUARDIÃES

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LAIËNTHARIN ÄNATHARIN

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NAUMATHARIN

De todos os Laiëntharin, o mais poderoso de todos é o Naumatharin, também conhecido como o Grande Portão Mágico de Naumathar. Naumatharin foi o primeiro Portão Mágico já criado por Naumathar. O Naumatharin está localizado em algum lugar guardado no Universo e é um dos Três Laiëntharin que permite viajar para qualquer Laiëntharin. Os outros dois são Laiëntharin Omnatharin, criado por Omnathar e o Thornuntharim, guardado em segredo por seis guardiães: dois Thuorom, dois Gontthers e seus Arlierocs e duas Argonas.

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LAIËNTHARIN NAUMATHARIN

ONTARTHARIN

Muitos Laiëntharin que foram espalhados pelos mundos pelos deuses de Anahkólion acabaram perdendo sua utilidade por diversos motivos. Um, porque a área já não era mais controlada; dois porque o interesse passou a ser em outra região. Independentemente de qual situação tenha ocasionado o desinteresse pelo lugar, o fato principal é que tais Laiëntharin foram abandonados. Com o passar do tempo, muita coisa modificou nos mundos: onde existiam florestas, passaram a apresentar desertos; onde tinham desertos surgiram florestas; O fato indelével é que com o passar de Eras, alguns dos Laiëntharin foram tomados por vegetação e praticamente ficaram camuflados, ficando imperceptíveis. Um destes Portais Mágicos é o Ontartharin, situado em Anathurilis, na Floresta Dhomnar entre o Vale e as Montanhas Dhomnar.

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LAIËNTHARIN ONTARTHARIN

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SUNDORTHARIN

Outros Laiëntharin foram cobertos pelas areias dos desertos. É o caso do Sundortharin, localizado atualmente nos Vales Desertos de Narth, na região central de Ernt-nador, o Mundo Conhecido. O Laiëntharin Sundortharin foi muito utilizado entre a Primeira e Segunda Eras de Anahkólion, no patrulhamento do mundo que, muito tempo depois, passou a ser chamado de Ernt-nador, o Mundo Conhecido. Depois de muito tempo, quando os Gontthers e seus Arlierocs deixaram de patrulhar os mundos, o Sundortharin deixou de ser usado e acabou esquecido. Na época, entretanto, havia uma floresta rodeando seu local. Com o passar das Eras, tudo acabou se transformando num vale desértico. Alguns poucos que viveram durante uma época sombria, atribuíram o fato ao Bruxo de Narth. Nos dias atuais o Sundortharin está perdido no meio do nada.

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LAIËNTHARIN SUNDORTHARIN

NORTHUMTHARIN

Alguns poucos Laiëntharin foram escondidos para que seus poderes jamais fossem novamente utilizados. Para muito desses homens que vinham de linhagens esquecidas pelo tempo que a tudo consome vorazmente, os Laiëntharin remontam a uma época repleta de histórias de batalhas infindáveis e guerras sangrentas. Para que não fossem perturbados em suas cidadelas e vilarejos com a chegada indesejada de criaturas e seres vindos de outros lugares, esses homens cobriram os Laiëntharin com pedras, criando uma construção sobre os Portões Mágicos. O que tais homens não sabiam era que aquilo não impediria em nada a utilização dos Laiëntharin. E esse foi o caso do Northumtharin, situado em Ernthys, no reino de Jôshnur.

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LAIËNTHARIN NORTHUMTHARIN

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NAÖNTHARIN

No reino de Naöhrad, em Anahkólion, numa ala privada das profundezas do castelo está localizado o Portão Mágico presenteado por Thuror, chamado Naöntharin. O Laiëntharin de Naöhrad, como erroneamente era chamado, era muito utilizado para que os reis de Anahkólion viajassem de um castelo para outro para se reunirem no Alto Conselho dos Reis. Além disso, servia também para pequenos encontros e jantares, envio de pequenos destacamentos do exército de Naöhr para diversos lugares de outros reinos, patrulhamento de fronteiras entre outras coisas. O acesso ao Naöntharin era restrito e apenas poucos tinham permissão para utilizá-lo. O Salão do Naöntharin era guardado por seis exímios Cavaleiros de Naöhrad.

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LAIËNTHARIN NAÖNTHARIN

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